Entrei oficialmente para a 5.7 CrossFit no dia 14 de Novembro de 2017. Depois de um “namoro antigo”, como escreveu o coach Marcos na mensagem de boas vindas. Eu não sabia na prática o que é o CrossFit, nem imaginava que ia aprender tanto dentro da “caixota”. Porquê CrossFit? Queria algo que não seguisse a tendência, do típico ginásio. Por isso decidi arriscar e sair da zona de conforto. Não é fácil deixarem-se hábitos e formas de treinar já enraizadas! Eu entrei “sozinha” na box, sem saber bem o que esperar. Só sabia que era exigente, pelo menos era o que diziam. E foi, e continua a ser – todos os dias! Mas foi das melhores decisões de sempre.
Sem me conhecer bem, o Francisco Pinto foi um grande impulsionador das minhas regulares e primeiras visitas à box. Era motivado, cheio de energia e desafiava-me a marcar o treino seguinte. Rapidamente descobri que o Francisco espelhava a forma de estar de toda a 5.7. Assim de forma muito natural foi-me exemplificado o conceito de “comunidade”. Inúmeras as vezes em que o pessoal veio esperar-me ou acompanhar-me na última ronda. A parte humana fez-me continuar motivada, tinha encontrado uma casa, um refúgio. Se o dia corresse mal deixava ficar tudo na 5.7, se corresse bem era igual. É uma parceria win-win 🙂 No que toca ao CrossFit em si, e mesmo tendo feito sempre desporto, nunca encontrei um tão completo e evolutivo como este. A todos os níveis: aumento da resistência, ganho de massa muscular, melhoria da flexibilidade, aumento da energia, aumento da força e condicionamento físico. Mas acima de tudo, o CrossFit, faz-nos testar os nossos limites o que, irremediavelmente, nos torna pessoas mais fortes quer física quer mentalmente. E se o CrossFit nos faz testar limites, são as pessoas que dão a cara pela box a voz dessa constante motivação. Muito a agradecer aos coaches da 5.7, que muitas vezes acreditam mais em mim do que eu. Como atleta de provas OCR (Obstacle Course Race) encontro na “caixota” treinos e técnicas fundamentais para a prática da modalidade. Nomeadamente treinos com corrida, explosão, manipulação de carga e suspensão. Um atleta OCR sem uma boa grip tem esforço redobrado nas provas. A nível físico sinto que estou num bom caminho, mas com muito para melhorar. Sei que posso contar com a minha comunidade para isso. O CrossFit é um estilo de vida, o que vai de encontro a uma premissa que sempre defendi “Não devemos focar no aspecto físico, mas sim na performance”. Só assim conseguimos comprometer-nos a longo prazo. Atingir resultados demora tempo, e nem todos se refletem no espelho. É preciso saber respeitar o processo.
Na box encontrei uma família, que todos os dias acrescenta valor à minha formação. É de coração cheio que faço parte dela. Nem todos os momentos são fáceis, nem sempre queremos fazer aquele buyout, dar aquele push extra, e quando levados ao limite nem sempre é fácil gerir emoções. Muito menos quando o ego não fica à porta. (Ou quando o coach te chama no mesmo treino, por nomes diferentes: “Oh Rute já te disse!” e/ou “Gabi anda lá mete carga nisso”. Isso leva um ser humano à exaustão em poucos segundos – depois de 2 tabatas e 5000 reps de não sei quê 😀 ). O Crossfit é para todos, mas nem todos estão dispostos a fazer disto um estilo de vida. Como também nunca gostei de coisas fáceis estou no sítio certo! A vida é demasiado efémera para perdermos tempos com experiências banais. Celebra a vida, unbroken, na 5.7 CrossFit.
Rute* Gabriela Ribeiro