A batata doce é um tubérculo com origem nos andes, que começa a ser um acompanhamento
comum nos pratos dos portugueses, principalmente por aqueles que praticam desporto.
Constitui uma boa fonte de hidratos de carbono, sendo por isso um alimento bastante
energético. Mas é o seu teor em vitamina A que se destaca. Poderoso antioxidante importante
para as defesas do organismo. Além disso, apresenta boa concentração em cálcio, fibra (amido
resistente) e antocianinas, fitoquímicos que combatem o cancro, o que a classifica como um
alimento funcional.
A diferença da cor refere-se maioritariamente a concentração em betacarotenos, que altera a
sua pigmentação. A de polpa laranja apresenta mais betacaroteno, importante para percursor
da vitamina A, enquanto que a roxa apresenta antocianinas, poderoso poder antioxidante.
Diferenciando-se por isto da batata normal, esta apresenta menor valor energético, por isso
desengane-se se acha que a batata doce é menos calórica.
A presença de amido resistente , contribui para que a degradação seja lenta no organismo,
conferindo-lhe baixo índice glicémico e maior saciedade, já que a sua absorção acontece
lentamente.
Os seus valores nutricionais alteram-se conforme o método utilizado, aliás como os demais
alimentos.
Na versão cozida, a quebra do amido dificulta a acção da amilase (enzima que degrada o
amido), conferindo assim uma digestão mais lenta. Isto traduz-se no índice glicémico, que
apesar da batata doce ser um alimento com baixo índice glicémico, na versão assada, este
eleva-se um pouco, uma vez que as ligações são quebradas, facilitando a acção das enzimas.
No entanto, este é um alimento o qual poderá consumir como aliás todos os outros, não tem
de consumi-lo apenas cozido. Deve constituir um acompanhamento, em substituição do arroz
ou massa por exemplo, acompanhando a seu prato com uma fonte de proteína (carne, peixe
ou ovos) e maioritariamente hortícolas a preencher metade do seu prato.
Carolina Fontes
Nutricionista
Membro Activo da Ordem dos Nutricionistas – 1585N