Tal como o coração, fígado ou estômago, o cérebro é um órgão cuja alimentação tem um papel importante.
Existem estudos que relacionam a alimentação na prevenção de doenças como depressão, Alzheimer ou epilepsia por exemplo.
Desde a gravidez, que a alimentação é importante para a saúde mental. A falta de iodo, por exemplo, pode originar cretinismo nas crianças, que é uma doença mental.
O cérebro é constituído por 60% de lípidos, dos quais, 20% são ácidos gordos essenciais. A matéria cinzenta é constituída por ácido docosa-hexaenóico (DHA), Ómega 3 e 6.
A maior parte destas gorduras, chamadas “boas” é adquirida através da alimentação. Peixes gordos como o salmão e a cavala, sementes de linhaça e chia, apresentam boas quantidades destas gorduras.
As vitaminas e minerais têm um papel importante na saúde mental, pela sua conversão em aminoácidos. Sendo o triptofano um precursor da serotonina, a concentração desde aminoácido essencial é importante par a utilização do cérebro para produzir serotonina, juntamente com a vitamina B3 (niacina) e magnésio. Níveis baixos de serotonina também estão associados à depressão. Este neurotransmissor é responsável por controlar a ansiedade, o sono e proporcionar o bem estar. Existem outros estudos que relacionam a importância da vitamina C, B12 e Riboflavina na memória em idosos.
A alimentação tem por isso importância quer na prevenção de doenças mentais, contribuindo para a prevenção ou atenuando os efeitos de certas patologias mentais.
Carolina Fontes
Nutricionista
Membro Activo da Ordem dos Nutricionistas – 1585N